Entrevista publicada no site www.segurogarantia.net em 31 de agosto de 2016.
O seguro garantia é uma das principais soluções oferecidas pela Alfa Real desde que a empresa foi criada, em 1996. Desde então, ampliamos nosso portfólio em resposta às demandas levantadas por meio da nossa estratégia de desenvolvimento de novos nichos de mercado.
Recentemente, concedi uma entrevista ao site “Seguro Garantia” abordando a necessidade dos profissionais do mercado de seguros ampliarem sua carteira de produtos e serviços, com destaque para o seguro garantia. Essa conscientização tem sido foco de algumas das ações do SINCOR e da FENACOR junto a seus associados. Nas duas entidades, eu atuo como coordenador da Comissão Técnica de Seguros de Crédito, Garantia e Fiança Locatícia.
Leia abaixo a entrevista completa:
O corretor de seguros e o seguro garantia
O Seguro Garantia ainda é um ramo do seguro mistificado por muitos corretores por ser “muito complexo e de baixa lucratividade”. Na expectativa de podermos divulgar melhor este produto junto a esta classe, desmistificando-o e tornando-o mais acessível ao corretor de seguros, entrevistamos o Corretor especialista em Seguro Garantia Edmur de Almeida, da Alfa Real Corretora de Seguros, para tecer sua opinião ao que se segue:
Pergunta: O que o mercado de Seguro Garantia tem feito, ou ainda pode fazer, para que os corretores de seguros possam ampliar e diversificar sua carteira de clientes, principalmente para produtos como o Seguro Garantia?
O perfil da carteira de negócios do corretor de seguros no Brasil apresenta uma forte concentração no seguro de automóveis. E isso é fácil de entender, por ser um seguro, hoje, graças a sua atuação ao longo dos anos, “comprado” pelos clientes, bastante padronizado (praticamente uma “commoditie”), fácil e rápido para orçar através de sistemas de multicálculo, de fechamento rápido e com remuneração bastante atraente. Ocorre que o futuro do seguro de automóveis está sob a lupa dos estudiosos nesse tema e parece haver uma nuvem cinzenta à frente. São provas disso o veículo autônomo, o compartilhamento, o Uber e outros aplicativos, além do fato de que a geração “Y” e as próximas, ao que tudo indica, não terão o “carro” como sonho de consumo, marca das gerações antecedentes.
Então temos dois desafios para nós corretores de seguros.
Primeiro: nós precisamos vender outros produtos para nossos clientes, para suprir essa praticamente certa queda de receita do seguro de automóveis.
Segundo: muito provavelmente há demanda de seguros de crédito, garantia e fiança locatícia (e certamente outros) na nossa carteira de clientes – veja que ainda não estou me referindo a procura de novos clientes. E se essa demanda não for atendida por nós, outros virão e atenderão essa necessidade. Ao entrar na “casa” de nosso cliente, certamente oferecerão outros produtos mais “comuns”, como o de automóveis, vida, saúde. E aí, adeus cliente.
Aumentar a receita e blindar a carteira de clientes: essa é a ordem do dia. O corretor que se negar a isso estará fadado a procurar outra profissão.
No âmbito do SINCOR e da FENACOR, estamos implementando ações que visam a estimular o corretor de seguros a diversificar a venda de produtos, através da realização de debates, workshops, seminários, cursos, publicações em jornais e revistas especializados, etc. Enfim, trata-se de mudança de cultura. E isso avança em médio e longo prazos. Mas veja, um dia, há muitos anos, os corretores resolveram vender seguro de automóveis, quando a “moda” eram os seguros de vida, incêndio e transportes, principalmente o marítimo. E hoje o seguro de automóveis é o mais popular. Por que não poderia acontecer isso com os seguros de crédito, garantia e fiança locatícia? O que precisamos fazer é “começar”.