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Seguradoras registram vendas de R$ 177 bi e lucram R$ 14 bi em 2013

O mercado de seguros brasileiro fechou 2013 com um faturamento de R$ 177,6 bilhões. O número superou em 13% o resultado de 2012, segundo dados divulgados recentemente pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), com consultoria do Sicorp (Sistema de Informações Corporativas). Os números não incluem o resultado de seguro saúde.

Do total, R$ 50,6 bilhões retornaram aos consumidores por meio de pagamentos de indenizações ou resgate de planos de previdência e títulos de capitalização. Já o lucro líquido do setor subiu 17%, alcançando R$ 14 bilhões em 2013. Estima-se que o esse número será 5% menor este ano, mas a lucratividade será mantida.

Em seguros gerais, o consumo desaquecido, o alto endividamento das famílias e o encarecimento do crédito frearam o ritmo de contratação de seguros como automóvel e outros vendidos pelo varejo, como garantia estendida. Mesmo assim, o ramo contabilizou vendas de R$ 57 bilhões em 2013 – um avanço de 19%. O ramo automóvel começou 2014 com boas perspectivas devido à aprovação da lei que permite o uso de peças usadas para conserto de automóveis dentro dos planos de seguro. Em 2013, as vendas de seguro de carro cresceram 19% em relação a 2012, atingindo R$ 29,3 bilhões.

A expansão do crédito imobiliário nos últimos anos foi um reforço para o seguro habitacional, que alcançou R$ 2,2 bilhões em 2013 – um aumento de 24% sobre o valor obtido em 2012, quando as vendas foram de R$ 1,7 bilhão. Segundo os especialistas, o seguro habitacional irá aumentar a sua participação atual de 3,9% no mercado segurador, diante das expectativas positivas com a manutenção do bom desempenho do mercado imobiliário.

Os números mostram que o mercado brasileiro de seguros cresceu mais do que a economia, superando o PIB (Produto Interno Bruto) do País em 2013. Parte da explicação está no aumento da população capaz de consumir seguros, especialmente de veículos e de bens – por exemplo, garantia estendida para móveis e eletroeletrônicos. Entretanto, o mercado de seguros, assim como a economia em geral, já apresenta certa desaceleração, mas deverá ser maior do que o PIB novamente este ano.