Em matéria publicada em seu site, o DCI (Diário Comércio Indústria & Serviço) aborda a cultura da contratação de seguros, especialmente pelos pequenos negócios. A publicação destaca que o seguro deve ser encarado como “um mecanismo de gestão do risco de imprevistos”. Por isso, é importante olhar para todos os departamentos da empresa, extrapolando dessa forma o foco somente em bens como um automóvel ou algum ambiente físico.
Dados recentes da CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização) mostram que o setor de seguros dispõe de ativos para garantir os riscos assumidos da ordem de R$ 1,2 trilhão, o que equivale a 25% da dívida pública brasileira – números que mostram a relevância do setor para o País. Somente em receita, os movimentos do mercado de seguros representam 6,5% do PIB brasileiro. Porém, a cultura ainda tímida de contratação de seguros revela que há margem para um crescimento ainda maior do setor.
Um dos entrevistados para o artigo foi o professor do curso de Administração da Faap e especialista em estratégia e empreendedorismo, José Sarquis Arakelian. Para ele, o seguro deve ser encarado como um sócio do negócio: “O empreendedor paga uma pequena parcela para ter um sócio, que, ao aceitar compartilhar os riscos do negócio, garante ao segurado auxiliar na mitigação de prejuízos caso algo dê errado, ou até mesmo a assegurar a sobrevida e continuação da empresa, dependendo do sinistro ocorrido.”
Outro entrevistado, o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, afirma que “os pequenos negócios são mais vulneráveis a esses riscos, pois, além de sobreviverem com receita e patrimônio reduzidos, costumam ter um fluxo de caixa mais variável e um capital de giro menor”. O profissional cita como exemplo um incêndio que atinja a sede do negócio. “O pequeno empreendedor precisa reconstruir a sede e repor o estoque perdido. No entanto, talvez não consiga acesso a um crédito emergencial tão facilmente e a empresa não tenha bens que possam ser vendidos para arcar com os gastos. A cobertura do seguro, nesse caso, pode ser o que determina a possibilidade de se reerguer para evitar o encerramento do negócio para sempre”, completa.
Diante de um cenário de risco, é fundamental que o empreendedor avalie a aquisição de seguros para cobrir o seu negócio como um todo. “Encare o seguro como custo operacional. Além de garantir estabilidade, ele pode ser parcelado e com isso diluir o valor do seguro ao longo do ano, sem pesar tanto no bolso do empresário”, destaca na matéria o consultor jurídico do Sebrae-SP, Alexandre Xavier.
O ponto de partida é contar com a consultoria de um corretor de seguros que possa ajudar na definição de um pacote de seguros que garanta a mitigação de todos os riscos do negócio.